domingo, 30 de novembro de 2008

Velha Infância

Vou tocar no assunto 'natal' mais uma vez.
É que quando essa época do ano vai chegando os pais se descabelam em busca dos presentes dos filhos. E haja dinheiro para video games, game boys, jogos de computador, sem contar o próprio computador...
Daí não tem como deixar de lembrar da nossa infância, onde os brinquedos eram mais baratos e infinitamente mais interessantes.
Quando não estávamos na rua brincando com os amigos de pique bandeira, queimada, pulando corda, apostando corrida em possantes carrinhos de rolimã, polícia e ladrão (que hoje é completamente fora de questão para não aguçar a violência) ou fazendo piqueniques com KiSuco e biscoitos Piraquê, estávamos dentro de casa, longe da TV, com nossos jogos e bonecas preferidos.
Sessão nostalgia agora:
Quem não se lembra das bonecas Mãezinha, Tippy, Fofolete (aquelas das caixinhas de 'fósforo') e as bonecas de papel que trocávamos as roupas?





Jogávamos Combate, Genius, Detetive, Pega Varetas, Trunfo, fazíamos campeonatos no Atari?














Brincávamos com Playmobil, Forte Apache, Ferrorama, Carrinhos de Bate e Volta...


Ahhh e o Falcon era o namorado da Susie!!!















Nada era tão bom.
Nada!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Santa Catarina de Luto














As fotos falam mais que mil palavras.
Para ajudar:
Doações em dinheiro podem ser feitas através de depósito em duas contas da Defesa Civil.

Banco do Brasil
Agência 3582-3, conta corrente 80.000-7;
ou
Banco do Estado de Santa Catarina (Besc)
Agência 068-0, conta corrente 80.000-0

Para crédito do Fundo Estadual de Defesa Civil-Doações.

Doações de alimentos não pereciveis, água potável, fraldas, material de limpeza, higiene pessoal, entre outros, procure a Defesa Civil ou Cruz Vermelha de sua cidade.
Mais informações:

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Natal chegando...

Que tal um natal diferente esse ano??
Mais uma vez ficaremos escravos do comércio, comprando presentes para familiares e amigos, montando a ceia deliciosa regado a bons vinhos. Nos reuniremos embaixo da árvore de natal para abrir os presentes, veremos os sorrisos de nossos filhos e nos sentiremos bem com isso.
Claro, quem é que não gosta de ver o filho feliz, sorrindo?
E aquelas mães que não podem dar essa alegria a seus filhos??
Todo ano as agências dos Correios recebem milhares de cartas endereçadas ao Papai Noel. E os pedidos podem ser inacreditáveis: um panetone, uma blusa de lã, um cobertor, uma bola...
E se esse ano fossemos todos Papais e Mamães Noéis???
É só passar no Correio, escolher uma carta para apadrinhar, comprar o presente e depositar no próprio Correio, pois eles mesmos entregam.

Na vida passamos por três fases:
Na primeira acreditamos em Papai Noel
Na segunda deixamos de acreditar e
Na terceira podemos nos tornar um Papai Noel!

Pense nisso e faça sua parte.
Façamos todos!

sábado, 15 de novembro de 2008

Vai gerar Polêmica, eu sei!


Você é Branco?? Cuide-se.


Ives Gandra da Silva Martins*


Hoje, tenho eu a impressão de que o 'cidadão comum e branco' é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional , a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucio nal passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas' , que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este 'privilégio', porque cumpre a lei.

Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.


*Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo .

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ISSO TAMBÉM PASSARÁ (Renato de Resende me ensinou...)

Um conto... um pouco longo, mas garanto que ao final a alma de quem o lê fica limpa e clara...

...
Um dervishe, depois de uma árdua e longa viagem através do deserto, chegou por fim à civilização. O povoado se chamava Colinas Arenosas e era quente e seco. Não havia muito verde, exceto feno para o gado e alguns arbustos. As vacas eram o principal meio de vida das pessoas de Colinas Arenosas. O dervishe perguntou educadamente a alguém que passava se havia algum lugar onde poderia encontrar comida e abrigo para aquela noite.
- Bem, disse o homem coçando a cabeça - não temos um lugar assim no povoado, mas estou certo de que Shakir ficará encantado de lhe brindar com sua hospitalidade esta noite.
Então o homem indicou o caminho da fazenda de propriedade de Shakir, cujo nome significa "o que agradece constantemente ao Senhor".No caminho até a fazenda, o dervishe parou perto de um pequeno grupo de anciões que estavam fumando cachimbo e eles confirmaram a direção. Eles disseram que Shakir era o homem mais rico da região. Um dos homens disse que Shakir era dono de mais de mil vacas.
- E isso é maior do que a riqueza de Haddad, que vive no povoado ao lado.Pouco tempo depois o dervishe estava parado em frente a casa de Shakir a admirando. Shakir, que era uma pessoa muito hospitaleira e amável, insistiu para que o dervishe ficasse por alguns dias em sua casa. A mulher e as filhas de Shakir eram igualmente amáveis e deram o melhor para o dervishe. Inclusive, ao final de sua estadia, lhe deram uma grande quantidade de comida e água para sua viagem. No seu caminho de volta para o deserto, o dervishe não conseguia parar de se perguntar o significado das últimas palavras de Shakir. No momento da despedida o dervishe havia dito:
- Dê Graças a Deus pela riqueza que tens.
- Dervishe - havia respondido Shakir - não se engane pelas aparências, porque isto também passará.
Durante o tempo em que havia passado no caminho Sufi, o dervishe havia compreendido que qualquer coisa que ouvisse ou visse durante sua viagem lhe oferecia uma lição para aprender, e, portanto, valia a pena considerá-la. Além de tudo, essa era a razão pela qual havia feito a viagem, para aprender mais. As palavras de Shakir ocuparam seus pensamentos e ele não estava seguro de ter compreendido completamente o seu significado.
Quando estava sentado sob a sombra de um arbusto para rezar e meditar, recordou do ensinamento Sufi sobre guardar silencio e não se precipitar em tirar conclusões para finalmente alcançar a resposta. Quando chegasse o momento, compreenderia, já que havia sido ensinado a permanecer em silêncio e sem fazer perguntas. Para tanto, fechou a porta dos seus pensamentos e submergiu sua alma em um estado de profunda meditação.
E assim se passaram mais cinco anos, viajando por diferentes terras, conhecendo pessoas novas e aprendendo com suas experiências no caminho. Cada nova aventura oferecia uma lição a ser aprendida. Entretanto, como requeria o costume Sufi, permanecia em silêncio, concentrado nas ordens do seu coração.
Um dia, o dervishe voltou a Colinas Arenosas, o mesmo povoado onde havia passado alguns anos antes. Se lembrou de seu amigo Shakir e perguntou por ele.
- Está vivendo no povoado ao lado, a dez milhas daqui. Agora trabalha para Haddad - respondeu um homem do povoado.
O dervishe lembrou surpreendido que Haddad era o outro homem rico da região. Contente com a idéia de voltar a ver Shakir outra vez, se apressou para ir ao povoado vizinho. Na maravilhosa casa de Haddad, o dervishe foi bem recebido por Shakir, que agora parecia muito mais velho e estava vestido em andrajos.
- O que lhe aconteceu? - quis saber o dervishe.
Shakir respondeu que uma enchente três anos antes o havia deixado sem vacas e sem casa; assim ele e sua família se tornaram empregados de Haddad, que sobreviveu à enchente e agora desfrutava da posição de homem mais rico da região. Entretanto, esta alteração na sorte não havia mudado o caráter amistoso e atencioso de Shakir e de sua família. Cuidaram amavelmente do dervishe na sua cabana durante os dois dias e lhe deram comida e água antes dele sair. Na despedida, o dervishe disse:
- Sinto muito pelo que aconteceu com você e sua família. Mas sei é que Deus tem um motivo para aquilo que faz... - Mas não se esqueça, isto também passará.
A voz de Shakir ressoou como um eco nos ouvidos do dervishe. O rosto sorridente do homem e seu espírito tranqüilo não abandonavam seu pensamento.
- O que ele quer dizer com esta frase desta vez?
O dervishe sabia agora que as últimas palavras de Shakir na sua visita anterior se anteciparam às mudanças que ocorreram. Mas dessa vez, se perguntava o que poderia justificar um comentário tão otimista. Assim deixou a frase de lado outra vez, preferindo esperar pela resposta.Passaram meses e anos, e o dervishe, que estava ficando velho, continuou viajando sem nenhuma intenção de parar. Curiosamente, suas viagens sempre o levavam de volta ao povoado onde vivia Shakir. Assim sendo, demorou sete anos para voltar a Colinas Arenosas e Shakir estava rico outra vez. Agora vivia na casa principal da propriedade de Haddad e não na pequena cabana.
- Haddad morreu há dois anos - explicou Shakir - e, como não tinha herdeiro, decidiu deixar sua fortuna para mim como recompensa dos meus leais serviços.
Quando estava terminando sua visita, o dervishe se preparou para a viagem mais importante de sua vida: cruzaria a Arábia Saudita para fazer sua peregrinação a pé até Meca, uma antiga tradição entre seus companheiros. A despedida de seu amigo não foi diferente das outras vezes. Shakir repetiu sua frase favorita:
- Isto também passará.
Depois da peregrinação, o dervishe viajou à Índia. Ao voltar a sua terra natal, Pérsia, decidiu visitar Shakir mais uma vez para ver o que havia acontecido com ele. Assim, mais uma vez se pós em marcha para Colinas Arenosas. Mas em vez de encontrar seu amigo Shakir, lhe mostraram uma humilde tumba com a inscrição "Isto também passará". O dervishe ficou ainda mais surpreendido do que das outras vezes, quando o próprio Shakir havia pronunciado estas palavras.
- As riquezas vem e as riquezas se vão - pensou o dervishe - mas, como pode trocar um túmulo?
A partir de então o dervishe adquiriu o costume de visitar a tumba de seu amigo de tantos anos e passava algumas horas meditando na morada de Shakir. Entretanto, em uma de suas visitas o cemitério e a tumba haviam desaparecido, arrasados por uma enchente. Agora, o velho dervishe havia perdido o único vestígio deixado por um homem que havia marcado tão excepcionalmente as experiências de sua vida. O dervishe permaneceu durante horas nas ruínas do cemitério, olhando o chão fixamente. Finalmente, levantou a cabeça em direção ao céu e então, como se houvesse descoberto um significado mais elevado, abaixou a caberá em sinal de confirmação e disse:
- Isto também passará.
Finalmente o dervishe ficou muito velho para viajar, decidindo se fixar e viver tranqüilo e em paz pelo resto de sua vida.
Os anos se passaram e o ancião se dedicava a ajudar a quem se acercava dele para os quais aconselhava e a compartilhar suas experiências com os jovens. Vinha gente de todas as partes para beneficiar-se de sua sabedoria. Finalmente, sua fama chegou até o grande conselheiro do rei, que casualmente estava buscando alguém com grande sabedoria.
O fato era que o rei desejava que lhe fizessem um anel. O anel teria de ser especial: devia ter uma inscrição de tal forma que quando o rei se sentisse triste, olhasse o anel e ficaria contente e se estivesse feliz, ao olhar o anel se entristeceria.
Os melhores joalheiros foram contratados e muitos homens e mulheres se apresentaram para dar sugestões sobre o anel, mas o rei não gostava de nenhuma. Então o conselheiro escreveu para o dervishe explicando a situação, pedindo ajuda e o convidando para ir ao palácio. Sem abandonar sua casa, o dervishe enviou sua resposta.
Poucos dias mais tarde, um anel foi feito com uma esmeralda e foi entregue ao rei. O rei, que havia estado deprimido por vários dias, mal o recebeu, botou o anel no dedo e olhando-o, deu um suspiro de decepção. Logo começou a sorrir e, pouco depois, ria às gargalhadas. No anel que usava estavam escritas as palavras "Isto também passará".

Farid Ud Din Attar - Histórias da Terra dos Sufis

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Indelével


Adoro essa palavra.
Soa bem, soa bonita...

Segundo o Sr. Aurélio:
Indelével é o que não se pode delir, que não se dissipa, indestrutível.

Inesquecível.


E Djavan cantou assim:

"Eu já nem sei quem sou

Tão dedicado a ti, um cobertor pro frio.

Queria ser teu "Om" viver grudado sim, sempre ali, sempre ali

Não sou nada indelével, sou instável como a cidade

Mas carrego pau e pedra só para ver-te mais à vontade

Sem o mar a cobrir-te de sombras ou cores

Livre pra amores desses que vêm e vão

Sob o bronze da noite onde o mais são estrelas

Todas ali para vê-la como fazer com os homens

Ah! você que nasceu com o leito pro rio

Que desafio querer-te acompanhar!"


(OM)

Tinha que ser Djavan!!!

sábado, 8 de novembro de 2008

Eu tenho medo do Obama (Regina Duarte Mode ON)


Agora virou febre

"Obamamania"

Não se fala em outra coisa (com razão), mas num tom de tietismo. Os americanos elegeram e criaram um 'popstar'!!

Aqui no Brasil ele é citado em eventos literarios, de moda, de música, religiosos... O homem está em todas.

A família Obama virou matéria de estudos sociais: vive como classe média, um casal feliz que esbanja gestos de carinho em público, Michelle, a primeira dama, usa vestidos de 30 dolares, as filhas são educadas e encantadoras, bla bla bla.

Não é perfeito demais?

Não é para dar medo?

Ou estou sendo muito pessimista???

Espero sinceramente que não. Espero que tudo dê certo e que melhore muito, muito para todos nós (a crise já chegou no meu bolso).

Nosso queridissimo e ícone literário, Ariano Suassuna, já mandou um recado pra ele: "Sei das dificuldades que Obama terá de enfrentar, e não são poucas. Mas espero que ele se lembre de que a Amazônia é brasileira."

Levou o público ao delírio na Fliporto. Salve Ariano!!!

E porque não?? - Salve Obama!


Ahhh... e não podemos esquecer: se eles podem... YES, WE CAN!!!
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