sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pós Moderna? Tô Fora...

Um dia a mulherada acordou e decidiu que era hora de tomar uma atitude. Não sei se foi coisa de noite mal dormida (ou mal comida), mas elas foram às ruas exigindo liberdade, presença no mercado de trabalho e queimando sutiãs. Deu no que deu: acumulo de funções. Hoje temos que ser mulher, esposa, mãe, estudante, profissional. Temos que pular da cama maquiadas, cheirosas e em cima do salto, entrar no carro que suamos para pagar as prestações, enfrentar o engarrafamento das 7 da manhã, deixar a prole na creche e chegar ao primeiro emprego. Hora de almoço? “Isso não te pertence mais...” O negócio é engolir um sanduíche natural no meio do engarrafamento do meio dia e se dirigir para o segundo emprego. A tarde voa no meio de tantos relatórios e você só percebe que o expediente acabou quando o celular toca: é a dona da creche querendo saber até que horas terá que ficar com seus filhos. Corre pra pegar a prole, leva para a casa da avó e parti para a faculdade. Encara 2 aulas de filosofia, 2 de sociologia e mais 1 de literatura grega. Passa de novo na casa da mãe para pegar os filhos, que já estão dormindo, e finalmente volta pra casa. Hora de relaxar... Onde? Como? Quando? Ta pensando que é feriado nacional? Hora de dar um jeito na casa, fazer o jantar, arrumar cozinha, colocar a roupa suja na máquina de lavar, ligar o computador para fazer aquele trabalho de latim para o dia seguinte, tomar um banho e desabar.
E depois disso tudo ainda temos que enfrentar as cobranças da sociedade em relação as nossas atitudes de Mulher Moderna: se trabalhamos demais, não estamos dando atenção suficiente para nossos filhos, se trabalhamos de menos, para ter mais tempo em casa, somos vistas como profissionais incompetentes. Se saímos com alguém da empresa com cargo superior ao nosso, estamos sendo interesseiras, se saímos com alguém com cargo inferior é porque estamos ‘a perigo’ e não conseguimos nada melhor. Se damos no primeiro encontro é porque somos atiradas demais, se não damos é porque somos pudicas demais. Se comemos pouco somos viciadas em dietas e escravas da beleza, se comemos demais somos umas depressivas que se apóiam na comida para suas culpas. E por aí vai...
Quer saber?
Tragam a tábua de passar roupa, a vassoura e o espanador porque quero voltar a ser ‘Amélia’. Quero calçar os chinelos, assistir Vale a Pena Ver de Novo e Sessão da Tarde, ir ao mercado sem pressa e comprar os legumes para a sopa do jantar. Quero discutir relação e reclamar que não saio de casa pra nada, que só sirvo para lavar, passar e cozinhar. Quero estar descansada no fim de semana para levar as crianças ao shopping e usar o cartão de crédito do maridão.
Desisto de ser Pós Moderna, quero meu sutiã de volta!!!!

41 comentários:

Renan Barreto disse...

FODAÇO!!!!!! Que palavriado (vriado? que palavra horrivel...). Rê, tá ótimo o texto. Um dos melhores posts do blog desde que o conheço. Mas esse acúmulo de funções é porque os maridos não ajudam tbm. Eu não tenho essa, quando casar daqui a uns 75 anos, vou ajudar em tudo. A mulher não pode se sobrecarregar tanto, né? Mas o que vc fez, foi um perfeito retrato da mulher do século XXI.

Uma ótima crônica!

Não vire Amélia e continue de topless. rrs

Valeu!!!!!

José Júnior disse...

heheheh!! Falou tudo!! É o que tá acontecendo mesmo com as mulheres... Muito bom o texto!! Mas nem todas têm a coragem de largar tudo para voltar a ser Amélia, mesmo sabendo que serão mais felizes [ou não]

Vera disse...

Mocinha, fiquei cansada só de ler o texto. Risos.

Sabe, ao mesmo tempo que a Pós - Modernidade propiciou um maior destaque à mulher, ela também fez com que a mulher tenha que trabalhar duro e se virar em mil pra dar conta de tantos afazeres. É o preço pela tal "igualdade dos sexos". Ai, ai.

Beijos.

Vera disse...

Mocinha, fiquei cansada só de ler o texto. Risos.

Sabe, ao mesmo tempo que a Pós - Modernidade propiciou um maior destaque à mulher, ela também fez com que a mulher tenha que trabalhar duro e se virar em mil pra dar conta de tantos afazeres. É o preço pela tal "igualdade dos sexos". Ai, ai.

Beijos.

Hiorrana disse...

Meu Deus.
Vc que deixar de ser pós-moderna?
É até difícil de acreditar.

Ultimamente estou igual à mulher do seu texto. Assistindo Vale a pene e Sessão da Tarde;estou quase morrendo de tédio com tantas funções do lar.
O certo seria se conseguíssemos conciliar as tarefas...
Nem tão pós moderna e nem tão retrô.

bjOoOos e parabéns pelo blog.

Laila Raeder disse...

Por isso eu sou a "Amélia Moderna". Concordo plenamente contigo !!! Esse negócio de queimar sutiã foi a pior coisa que fizeram em todos os tempos !!!
Beijos
Vou te linkar, posso?

Ana disse...

hauhuahau ate q analisando pelo seu ponto de vista tb quero meu sutiã de volta ahuauhaahua

Unknown disse...

ahauhauhauhauhauhauhauhaa

menina que revolta é essa???
ahauhauhauhauhauhauha

mas vc tem razão em muito aspectos.

sucesso sempre

grupo gauche disse...

hahahaha muito bom! tb não quero ser pos moderna nao hahah
mas só a parte do ficar assistindo o vale a pena ver de novo e a sessao da tarde! abraços

Groo disse...

Oi!

Sabe que não é a primeira que eu leio ou ouço dizer isso? Aliás, não é a primeira, a segunda, nem a terceia...acúmulo de funções mesmo.

Mas em parte é como o Renan falou: os maridões não ajudam mesmo. Isso em parte. Por outro lado há a questão salarial e aquela "vontade feladaputa" de ser classe média alta/média e viajar pra Miami ou New York todos os anos e trocar de carro também. Além do sustento de serviços "úteis", como TV a Cabo...

Na verdade o "pós-modernismo" é um período de transição do qual os papéis precisam ser melhor definidos, se é que serão algum dia.

abs

Patrícia disse...

Ixe, fiquei uns tres meses em casa por estar sem emprego e quase morri entediada tbm! E olha q trabalhava o dia inteiro antes e ainda davaum jeito pra cuidar do filho de 4 anos!
Mas enfim, concordo com o carinha do primeiro comentário, não sei se ele vai cumprir a promessa dele, tem q ter divisões de tarefas. E eu so conseguia dar conta do recado,humanamente falando, pqo pai do meu filho ajudava muito! Deixei bem claro q ele tinha obrigação de ajudar!
Bjssss

Jéssica A. disse...

Rê, texto perfeito, PARABÉNS!
Fiquei de cara enquanto lia. FODÁSTICO!

Workaholic é o que estou desejando agora, infelizmente. Já estou nessa fase que você demonstra prazer em fazer. Me apaixonei por essa fase um longo período e agora quero jogar a toalha e pôr um salto todos os dias! hahaha...Loucura, né. Mas cansei de ser 'amélia', apesar da vaidade hoho.

beijo!

Nely L. disse...

Nem Amélia, nem Workaholic... rs Queria ser uma madame, mãe de família sim, mas com marido rico à tiracolo!
:)
Muito bom seu texto, moça!
Quem queimou o sutiã nem imaginava o que realmente estaria por vir... =/

Unknown disse...

Nunca tinha pensado por esse lado!
Arrazou!

Afinal, parece que nada está tão bom assim... nunca ninguém tá satisfeito com nada.

Amei.

Alan Salgueiro disse...

Crônica muito bem elaborada e desenvolvida. A mulher em jornada tripla luta pra ser tão respeitada e valorizada quanto o homem, mas ainda não pode abdicar dos afazeres domésticos e de cuidar de sua prole. Foi genial, menina!

Fábio Flora disse...

As mulheres querem voltar aos anos 50, 60, né? A mulher pós-moderna acabou acumulando funções; não conseguiu substituí-las. Abraços e sucesso com o blog!

Ana disse...

flor postei selinho!
bjsss

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Rê!

Adorei seu texto! Você falou tudo e mais um pouco. Vi a vida da minha sendo narrada aqui...hehehe. A mulher sofre mesmo com essa dupla jornada e cobrança por ser ao mesmo tempo feminina, independente e cuidar da casa. Parabéns pelo post!

Abraço

Núcleo Promotor do Auto da Floripes disse...

Sei que o que trago para este comentário não se coaduna com o propósito do texto, mas num blogue algures li comentários em relação a Portugal, aos portugueses e à língua portuguesa e confesso que fiquei intrigado e até mesmo chocado, não com o teu comentário, mas com a forma depreciativa que em geral vocês olham os portugueses e o seu país. Na verdade, gostava de saber quais as razões para tal desprezo…
Tu que me pareces mais lúcida e civilizada eras uma pessoa interessante para me explicar esse sentimento anti-português!

Alcione Torres disse...

Não é fácil ser mulher!

http://sarapateldecoruja.blogspot.com/

Paulinho Damascena disse...

Quem entende as mulheres?
Lutaram tanto pela liberdade e a igualdade,e agora querem a volta do saudosismo de ser uma dona de casa?
kkkkkkkkkkkkkkkkk
era só o que faltava (....)
adorei seu Blog,
espero uma visita sua ao meu Blog

http://paulo.de.zip.net/

Marton Olympio disse...

Muito bom o texto.
Uma outra autora, Maelene Olympio, minha mama, escreveu um poema lindo de nome: Feminista, não, eu sou FEMININA!
E tratava mais ou menos deste mesmo assunto.
Muito bom!

http://martonolympio.blogspot.com/

Paulo Tamburro disse...

As feministas vão cair em cima de você.

Concordo com muita coisa que você colocou, mas lembraria que em todo processo social de mudança (o que está acontecendo) os radicalismos são naturais.

Os movimentos feministas em sua maioria, foram (alguns ainda são),liderados por mulheres frustradas, horrorosas fisicamente e lésbicas.

É verdade!

Foram as homossexuais femininas, no entanto, que deram a este movimento de emancipação da mulher, um cunho sociológico de revanchismo.

A mulher teria, e muitas conseguiram, ocupar o seu lugar certo na sociedade, e não lutarem por derrubarem as posições masculinas na sociedade.

Há um movimento , na Inglaterra, mais ou menos parecido com o exposto neste seu texto e parece ser a lógica de uma nova sociologia feminina da pós-modernidade.

São executivas que querem abrir mão de parte dos seus salários, para poderem ter mais tempo para cuidar da famíla.

Renata, pensar que o homem irá , na sua integralidade "dividir" os papeis sociais com as mulheres, é confundir:Carolina de Sá Leitão, com caçarolinha de assar leitão!

Você escreveu um texto corajoso e que certamente, demonstra que sutiã, continua sendo uma bela opção.

Eu prefiro os de lingerie e pretos!(rsrs)

Um abração!

Kaza chique disse...

ótimo texto, mto divertido e agradável.

Anônimo disse...

Deprimente, tomara que seja brincadeira.

As mulheres do lar eram e são dominadas pelos maridos, são escravas da família patriarcal.

Péssimo texto.

Anônimo disse...

Nossa, vim parar aqui por causa do comentário do blog da Lola e que decepção...
É uma pena que haja gente como você no mundo

disse...

^
^
^
É uma pena que haja gente que leve a vida tão a sério. Que não entendam nada no/do mundo, que são centradas demais.
Mas opinião é uma coisa que mamãe e papai me ensinaram a respeitar!
E se escondem no anonimato, assim não posso nem responder ou agradecer.
Renata Garcia

Ana Paula Almeida disse...

Olha, não concordo, mas por um lado te entendo...acho que se você ficasse um bom tempo como "Amélia" acabaria sentindo falta de toda a correria de antes. A questão é que nunca estamos satisfeitos.
Bjos

Elektrabancore disse...

Oi...se interessar: http://inthedarktangimarron.zip.net/

Esse post foi em contra-posição à: http://cabanadeinverno.wordpress.com/2009/06/19/da-posicao-das-mulheres/

que foi em contra-posição ao seu texto, do qual gostei bastante.

Euzinha... disse...

A-D-O-R-E-I !!! É uma vida mto cansativa a da mulher pós moderna.E quando se tem filhos,ai sim. E apesar da correria a gente consegui um tempo pra rir,se divertir com as coisas loucas que acontece com a nossa vida.É assim mesmo,o jeito é seguir,amar e ser amada.Mesmo que cansadas,rsrs.

Adorei seu cantinho.Parabéns!!

Abraço!

Martha Moça disse...

rsrs

Olha Re, sinceramente não nasci pra Amélia! Eu gosto de dizer que é pq a Mulher tem que conquistar seu espaço, ser "livre" blablabla, mas a verdade é que eu nao tenho competência pra isso! hahahaha serviço de casa nao acaba nunca e dona de casa nao tem folga nem no final de semana!!! Mas uma coisa eu tenho que concordar: essa "liberdade" toda que a revolução feminista trouxe foi mais trabalho pra mulher que nao deixou de ser dona de casa! No meu caso, como nunca fui e nem vou ser (pela incompetencia), acho que nao vou ter problemas! o negócio e procurar uma boa faxineira e um homem que goste de cozinhar! ;)

rsrs

Como diria minha mãe todas as vezes que eu tento aprender algo na cozinha: "minha filha, vai por mim, é melhor não saber!" =p

Bjão pra vc!

Andréia Freire disse...

Acontece que vocês estão confundindo as coisas. O feminismo não acabou, ainda está firme e forte. Enquanto houver desigualdade entre homens e mulheres ele vai continuar. O Feminismo não visa "tirar o lugar do homem", nem ser "mulher-macho", nada disso. O Feminismo visa a igualdade. Se a mulher está sobrecarregada é porque ainda há muito que mudar. Nenhuma feminista concorda com o acúmulo de funções, além do mais, essa é uma das coisas mais criticadas. Assim como a mulher hoje é livre, estuda e trabalha, como os homens sempre fizeram, os homens precisam se tocar que a casa não é responsabilidade da mulher, é responsabilidade do casal, afinal ele também mora lá. Não há justificativa nenhuma pro homem não dividir as tarefas domésticas. Não sabe? Aprende. Não gosta? E você acha que as mulheres GOSTAM? E essa responsabilidade que é jogada nas costas da mãe também é criticada pelo feminismo. Porque seu marido não pode, sei lá, deixar o filho na creche e você ir buscar? Não vejo motivo nenhum para responsabilidade ser apenas da mãe. Tanto a mãe, quanto o pai deveriam ter a mesma carga de responsabilidade. A mulher tem a gestação, o parto e a amamentação, mas o resto, tudo, pode ser perfeitamente dividido igualmente. É isso que o feminismo quer. Antes de criticar saiba sobre o assunto. Eu prefiro muito mais ser pós-moderna e ter um relacionamento em que o meu parceiro tenha a decência de dividir o cuidado com a casa e com os filhos comigo. Ainda bem que já achei um. Muito melhor do que ser considerada propriedade do pai, depois do marido, como se fossemos um animal de estimação, ter que pedir autorização de homem pra sair de casa ou fazer o que eu bem entender, não poder votar, não ver outras mulheres em cargos de chefia, trabalhando, sendo úteis para sociedade e estando presentes na política. Melhor que viver numa sociedade em que é normal o homem bater na mulher para "botar nos eixos", onde a violência doméstica não é devidamente punida (e hoje ainda não é, pois muitas vezes a Lei Maria da Penha não é cumprida), onde o estupro é culpa da mulher, afinal, uma mulher que está com uma roupa mais curta, se bebeu ou está andando sozinha a noite o seu corpo não a pertence mais, não é?. Enfim, muito melhor viver numa sociedade em que as mulheres são cada vez mais respeitadas como indivíduos pensantes. Num mundo onde ainda há mutilação genital, violência doméstica impune, estupros, casamentos forçados, falta de liberdade, onde há países em que as mulheres não tem o direito básico de ir e vir, nem o direito básico de escolher com quem quer se casar, nem de escolher se quer estudar ou não, trabalhar ou não, enfim, porque simplesmente não tem escolha. A situação deprimente das mulheres de algumas décadas atrás ainda é presente em muitos países pobres. Quanto mais desenvolvido o país, maior a igualdade de gênero conquistada. Com pouquíssimas exceções. Muito triste ver as pessoas falando mal e demonstrando profunda ignorância sobre um movimento tão importante. Isso que falaram que "um bando de lésbicas" é que criaram o movimento é descabido, é mentira dita como verdade. Além do mais, o feminismo também é contra a homofobia, triste ver uma pessoa desqualificando as lésbicas, como se não fossem humanas como nós. Enfim, viva a pós-modernidade!

Andréia Freire disse...

Só um detalhe, ser feminisma não exclui a possibilidade de ser feminina. Me considero feminista, uso maquiagem, cuido do cabelo, gosto de cabelo comprido, cuido da pele, uso vestido, enfim, como qualquer mulher. Só não tenho muito paciência de comprar roupas, nem tenho paixão por sapatos, mas isso não faz ninguém menos feminina. Enfim, não que eu deva satisfação por ser feminista, mas só para ilustrar como esse preconceito é bobo. Outro preconceito é que feministas são um bando de encalhadas, pois só o que eu vejo são feministas bem casadas. Eu, por exemplo, estou num relacionamento estável de quase três anos e pretendemos nos casar. Não por pressão minha, como acontece muito por aí, afinal, foi ele mesmo o primeiro a falar sobre casamento e filhos. Sou hetero e vejo mais feminista hetero do homossexual para falar a verdade. Somos um grupo heterogêneo como qualquer outro, há bonitas e feias; há casadas, enroladas e solteiras; há heteros e lésbicas; loiras, ruivas e morenas; baixinhas e altas; magras e gordinhas; de cabelo longo, médio e curto. Enfim, somos um grupo também que é contra o racismo e a homofobia também. Me aponte o que tem de errado em ser feminista, please? É só preconceito e ignorância das pessoas.

disse...

Oi Andrea
Primeiro, não sou contra a nenhum tipo de movimento que possa trazer algum beneficio pra sociedade. Sou apenas contra medidas politicas que favorecem esse ou aquele grupo de forma discriminatória(como coloquei no post do dia 13/07/09)).
O texto que leu aqui é uma crônica.
Sou professora de Literatura, atriz e contadora de histórias e a partir de um projeto idealizado junto com uma amiga cantora, pesquisando diversos textos de blogs a cerca do mundo feminino, resolvi também escrever sobre o assunto e inclui-lo em cena.
Veja bem, sou divorciada, tenho dois filhos adolescentes, que também já se emaranharam nesse mundo artistico sendo músicos os dois. Meus horários de trabalho são extremamente flexiveis e, quando podem, meus filhos tem o prazer de me acompanhar a ensaios e oficinas.
Tenho meus dias de dona de casa, claro, senão a rotina do lar não anda. Cozinho, passo uniformes escolares, ponho a roupa na máquina de lavar e depois no bom e velho varal.
E tenho noites otimas com amigos em volta de uma boa mesa de bar, ou com namorado no escurinho do cinema, no quentinho do ededron
Ou seja, minha realidade em nada condiz com o texto. É apenas uma crônica mesmo!
Não sou feminista, mas reintero aqui que não tenho nada contra o feminismo. Sou apenas feminina no sentido de gostar de um bom shopping... rs
Sem mágoas ou rancores, apenas uma boa comédia que espero entrar em cena breve!
Beijos

Andréia Freire disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Andréia Freire disse...

Ok. Mas quero deixar claro que o comentário nem foi tanto por causa do texto, mas pelos desdobramentos dos comentários. Pra você em específico, só quero esclarecer que o feminismo é contra o acúmulo de tarefas. O acúmulo existe porque a sociedade ainda é muito machista. Ficarei muito feliz se você entender isso. No ponto de vista do que acontece, concordo muito com seu texto para a maioria das mulheres a vida é assim mesmo. Mas não posso deixar as pessoas atacarem o feminismo por isso, sendo que a culpa é do forte machismo presente ainda na sociedade. Nem deixar falarem em falso e em ignorância. É isso. Fiquei confusa até, pois vi que você tem o blog da Lola no seu blogroll. Fiquei, tipo, como assim? Enfim, acho legal a sua crônica se a intenção for uma denúncia, uma ironia ou algo assim.

Aline disse...

Concordo plenamente com a Andréia. Não me considero feminista, mas estou de acordo com muitas idéias feministas.

Você pode até não ter tido a intenção de se posicionar contra o feminismo, mas o seu texto, crônica ou não, fez o trabalho todo. As duas primeiras frases, por exemplo, já destilam preconceito.

E o que dizer dos comentários? Você acha que todos que leram tiveram a mesma visão de "crônica"? Ou eles, como eu e a Andréia, acharam que era a opinião da autora? Acho que a resposta é clara, não?

Sabe, é muito complicado esse lance de querer desvencilhar o autor do narrador. A voz pode ser a do narrador, mas a mente criadora, não podemos esquecer, é a do autor.

O autor pode alegar que não pensa da mesma forma que o narrador, mas quem criou o texto? Quem deu a voz ao narrador? De onde a idéia saiu?

O que eu quero dizer é que não dá para se isentar de certas coisas sob o argumento que o texto escrito não é mais do autor.

Pode até não ser sua opinião, mas você tem a responsabilidade por tudo o que está escrito, pois foi criação sua.

E, me desculpe, mas o texto é extremamente tendencioso, diminui todas as conquistas alcançadas até hoje pelas feministas para TODAS as mulheres, além de ser preconceituoso e um desserviço àquelas que lutaram e ainda lutam pela igualdade e dignidade.

De quem será a culpa por todos os problemas apontados no texto senão da sociedade patriarcal e machista? Se a sociedade atendesse aos pedidos de igualdade, pode ter certeza que a vida da mulher de seu texto seria bem diferente.

Por fim, ainda há um agravante: se essa crônica tivesse saído num livro, seria mais fácil para os leitores identificarem a voz do narrador e se afastarem do autor (o que não mudaria nada a opinião, favorável ou não, das pessoas sobre o texto).

Mas do jeito que está, num blog, uma ferramenta cujo propósito principal é transmitir ao mundo as próprias opiniões e impressões, fica difícil desvencilhar autor de narrador que, ainda por cima, é em primeira pessoa...

disse...

No blog eu não tenho como desenhar!!!
Já expliquei tim tim por tim tim da maneira mais fácil, mais simples, mais popular possível e não conseguem entender.
O Paint ainda não está disponível no blog, senão juro que faria a última tentativa desenhando...
Quem sabe uma próxima postagem, com fotos, figuras, diagramas, gráficos...
Abraços

Aline disse...

O que a falta de argumentos não faz...

É uma pena, mas espero que no futuro você saiba receber, avaliar e contra-argumentar melhor as críticas.

disse...

Mais???
Vocês 'ganharam' não pela argumentação, mas sim pela minha falta de paciência em ficar debatendo com pessoas que simplesmente não aceitam que outros pensem diferente. Dona de Casa é, segundo vocês, um ser inferior que jamais poderá ser feliz. Caiam na real. Estou ali no meio termo, nem tanto ao ceu, nem tanto a terra, mas acabo de tomar partido pelas "femininas" amadas e delicadas que adoram fazer o jantar para seus maridinhos. E ainda tem uma graninha para comprar besteirinhas no shopping e dar aquela produzida no salão de beleza!
A questão é: todas tem que ser FEMINISTAS, dura com os homens, agressivas, para serem aceitas por um movimentosinho que ganha FAMA e perde CAMA!

Unknown disse...

Adorei o texto!!!!

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