quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fingimento


Ela sabia exatamente o que fazer quando surgia algum problema no trabalho. Resolver pepinos era com ela mesmo. Com a mesa cheia de papéis, livros, agenda, telefones, na frente do notebook era expert em grandes contatos, em fechamentos de contratos. Marcar reuniões, enviar e-mails de cobranças, de agradecimentos, de orçamentos, planilhas, contas, contas, contas.... todo dia, o dia todo.
Já na vida pessoal, problemas pareciam impossíveis de serem solucionados. Parecia que sofria cronicamente da Sindrome de Broken-heart. Sozinha, sempre sozinha, não conseguia entender o que a separava do resto do mundo emocional, das pessoas felizes que vivem em pares. Como entender um órgão que tem vida própria e insiste em bater por caminhos obscuros que exigem demais de sua inteligência e competência?
Coração egoísta que não a deixa escolher seus próprios caminhos!
Era assim que ela definia seu lado emocional: sem controle.
E a falta de controle dela sobre alguma coisa a deixava desesperada, ansiosa, angustiada. O que fazer? Fingir que esse lado da vida não existe e voltar para sua mesa cheia de papéis, livros, agenda, telefones, na frente do notebook era expert em grandes contatos, em fechamentos de contratos. Marcar reuniões, enviar e-mails de cobranças, de agradecimentos, de orçamentos, planilhas, contas, contas, contas.... todo dia, o dia todo.

8 comentários:

Unknown disse...

eu n faço mais nda no meu blog, mas n deixo de vir no seu. amo aqui. é tão inspirado e bem feito. bjus

Dona Sra. Urtigão disse...

As tais discrepâncias entre os diversos modos de inteligência?
Ou será resolução de carmas e as escolhas feitas, não tão livremente arbitradas?

Mas como sempre o texto é super-bom, só não gostei do tal comentário envolvendo pulsos e sangue e muita bebida...isso tira o discernimento...E perde-se tempo e capacidade de aprendizado.
ABRAÇO!

disse...

Querida "Urtigão", o comentario foi retirado logo pela manha na base da ressaca.... rsrsrsr.
Realmente, discernimento zero.
Vamos aprendendo com o que a vida dá e o que já é muitissimo quando conseguimos ter serenidade e o tal discernimento!!!
Bjss

Betty Gaeta disse...

Oi Rê,
Acredito que ela esteja vivendo uma fase, pois qdo estamos em uma fase de inadequação achamos que é eterna, mas são fases e tudo é passageiro.
Bjkas e um feriadão maravilhoso para vc.

www.gosto-disto.com

Jenny Rugeroni disse...

Com certeza é uma fase, e ao longo dos meus 35 anos já passei por isso mais de uma vez. A gente se pergunta o que está errado, o que falta para encontrar o amor... mas enquanto ele não chega, o melhor é não se entregar ao desespero, viver um dia de cada vez da melhor maneira possível, procurar servir e fazer o bem onde quer que a gente se encontre. E um belo dia, quando menos esperamos, esse amor tão esperado e merecido virá como quem não quer nada, e transformará nossa vida para sempre...

Aline Goulart disse...

Rê, você por acaso me conhece? Com que direito você fala assim de mim, no seu post? Risos. Brincadeira. Porém, está parecendo muito com meu cotidiano, pode ter certeza. Algumas escolhas são feitas por preservação muita vezes. Talvez por isso, todo dia lá fazendo o que sabe. Até achar a solução para resolver outra parte.
Páscoa é VIDA,
Páscoa é PAZ,
Páscoa é AMOR.
Celebre a VIDA, com muita PAZ e AMOR
E Cristo no coração.
Feliz Páscoa.
Beijinhos e adoro o seu Blog.

Marcos de Sousa disse...

Ainda estou para conhecer alguém que tenha controle sobre o coração...

Adorei o texto.

Beijos

Elcio Tuiribepi disse...

OI Renata...ter o controle sobre as coisas do coração é andar sobre uma corda bamba de olhos vendados...
Mais fácil enviar e-mails, checar planilhas contas onde as contas batem...
Um abraço na alma...boa Páscoa
Beijo

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