quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ariano Suassuna

“Da terra sai um cheiro bom de vida
e nossos pés a Ela estão ligados.
Deixa que teu cabelo, solto ao vento,
abrase fundamente as minhas mão..."



Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiro, é um defensor militante da cultura brasileira.
Ariano nasceu em João Pessoa no dia 16 de junho de 1927 e viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba.
Aos três anos de idade, Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai, João Suassuna (1886-1930), no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe, Rita de Cássia Vilar, a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano. Lá "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."
Em 1942 muda-se para cidade de Recife. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colégial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)
De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.
Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.
Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.
Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
Desde 1990, Ariano ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras.

Algumas obras:

Uma mulher vestida de Sol, (1947);
Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
Os homens de barro, (1949);
Auto de João da Cruz, (1950);
Torturas de um coração, (1951);
O arco desolado, (1952);
O castigo da soberba, (1953);
O Rico Avarento, (1954)
Auto da Compadecida, (1955);
O casamento suspeitoso, (1957);
O santo e a porca, (1957);
O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
A pena e a lei, (1959);
Farsa da boa preguiça, (1960);
A Caseira e a Catarina, (1962);
As conchambranças de Quaderna, (1987);
Fernando e Isaura, (1956)
A História de amor de Fernando e Isaura, (1956)
O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971).
História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da Onça Caetana, (1976).
O pasto incendiado, (1945-1970)
Ode, (1955)
Sonetos com mote alheio, (1980)
Sonetos de Albano Cervonegro, (1985)
Poemas (antologia), (1999)

11 comentários:

Alguém disse...

Ahhh Suassuna...
A Agência da minha professora Agencia as produções culturais dele...
eu não aguento mais ouvir falar dele
rsrsrsrs


Admito ele é o cara!
Beijosss!

disse...

Sua professora deve ser 'super' tb... Ter em mãos a diversidade de Ariano, poder trabalhar com isso???
Tenho certeza que simples mortais matariam para ter isso!!
rs

Rosa Canela disse...

Axo que não existe outra palavra que defina melhor seu Blog do que : Fantástico!

Fora que a Trilha sonora é um show a parte ...Chico Buarque é sem dúvida pra deixar o dia mais colorido!!

Beijos pra ti

Rosa

Anônimo disse...

Poh os livros dele sao otimos pena q eu n leio livro por enkanto..muito bom vc mostrar a historia da vida dele....t+


http://www.sonacachaca.com

disse...

????????????
Não entendi nada o Mickey Mouse aí em cima: 'é ótimo, mas pena q não leio livro por enquanto????'
KKKKKKKK

Mandy disse...

Seu blog ta maravilhoso!!!Adorei msm!

Obrigada pela sua visitinha ao meu blog... Adoro Clarice Lispector!

XD

BjO.

Never disse...

Nossa... adoro esse cara! rs

Já dei uma olhada em Sonetos de Albano Cervonegro do meu tio , mas nao consegui ler tudo =]

Lana Haydée Kaolin disse...

tb abri um sorrido ao ouvir Chico!!!
obrigada!!

bom... comecei o blog com um template meio "roxo" e umas imagens antigas de pin-ups. Mas só comecei a divulgá-lo há uns 2 dias, qndo achei q esse template seria o "definitivo" (por enqnto, claro...rsrs)

Mas é ótimo vc tr sentido essa sensação. Sinta-se em casa sempre!!

bjim

Parmitaum disse...

Apesar de não conhecer muitas obras de Ariano, assisti o filme e felizmente li o livro "Alto da Compadecida" (e sempre o livro é melhor que o filme) e entendo de onde veio toda a inspiração para obras tão simples e inteligentes...

Mt bom o post...


bjaum

M. disse...

Acho que só li o Auto da Compadecida, então não posso dizer que conheço muito a obra dele. Eu gosto mesmo dos "clássicos internacionais" hehe.

Bom conhecer a história dele. Informação nunca é demais!

__________________
Outro blog da Mary

fern schmidt disse...

se não bastasse ser um ótimo escritor, eh uma pessoa de uma espiritualidade e sinceridade grandiosas .

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